terça-feira, 5 de agosto de 2008

sem título
© mauricio rosa

seremos tão eternos quanto sós
e dentro do que formos, vagos, nus,
os nossos sentimentos sorverão
o peso que permeia nossa cruz!
diz, quanto sofrimento cuspirá
o mundo nos nossos olhos azuis?
centenas de milhares talvez mais
- o céu da eternidade nos dirá! –
e nada mais senão um verso frio
o nosso epitáfio guardará:
passamos, como o raio o sonho e o rio
depressa, de repente, rumo ao mar...
alguns aplaudirão, outros com frio
as dores tentarão agasalhar.

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