sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Bode


Hoje bateu o bode
aquele budum de coisa velha
tempo frio, bom de encorujar
tempo bom de abrir baú
coisa antiga desenrolar
pensamento a vadiar
por viagens passadas
só não contava
que o barco da saudade
vazando lágrimas
fosse afundar.

Um comentário:

Ler o Mundo História disse...

Asta que bode!
Tem um poeta que amo e pouco conhecido pelos brasileiros
como poeta e quando lembrado sua referência é ao cativeiro ou ao republicanismo: Luis Gama. É uma pena porque é um poeta de primeiríssima linha, lembrei-me dele, porque ele tem um poema conhecido como bodarrada, só que no XIX tinha um significado completamente diferente do que conhecemos hoje, na verdade era como pejorativamente se chamavam as pessoas negras de pele mais clara, hoje, classificadas pelo IBGE como pardas.
beijos
Frô