domingo, 6 de julho de 2008

27 – A Dama do Metrô.

Ao ser inquirido, Aureliano respondia:

- Não sei o que aconteceu. A última coisa que me lembro é de estar dançando, depois não lembro de mais nada.
Malu se sentia segura. Aureliano não a mencionava. Mas o que teria então acontecido? Deixara Aureliano se vestindo ao sair do banheiro feminino. Pensativa enquanto tomava o seu café matinal, começou a analisar todos os detalhes daquela noite. Já que não era mencionada, porque deveria ela se preocupar com isso? É que achava estranho, pois Aureliano não apresentava estar totalmente alcoolizado a ponto de não saber o que lhe acontecerá. Fora até impetuoso demais, fogoso a ponto de satisfazê-la plenamente. Pensava até repetir a dose. Sentira e, em sua pele, ainda estava marcada pelos beijos e carinhos de quem sabia o que estava fazendo. Portando se acontecerá alguma coisa foi depois que ela o deixou. Mas o que acontecera?
Malu levantou-se, pegou os papéis e dirigiu-se a sala do diretor. Queria mostrar, melhor dizendo sugerir o tema para uma nova campanha e, quem sabe, pudesse usar Aureliano como modelo.
Nisso, um pouco antes de chegar à sala, cruzou com a secretária do diretor que a encarou com um olhar duro e misterioso.
- Bom dia, Malu.
- Bom dia, Serig... Selene.
Quase a chamou de sirigaita! Porque? Lembrou. Ela dançara com Aureliano. Sim, mas até aí nada de mais . Foi então que num clique, lembrou de um detalhe que não dera importância no momento. Tinha notado um vulto, ou sombra, escondida esperando que ela saísse do banheiro. Fora ela, Selene que aproveitou se vingar por ser deixada no meio salão, por ser trocada pela Malu.
14.11.06
pastorelli

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