quarta-feira, 16 de julho de 2008

etílico
maurício rosa

evito que me vejas quando a lua
vomita o desjejum na pradaria
porque na face trago a marca fria
da noite mal dormida e passaria
a impressão de arder em sofrimento...
confesso, as olheiras evidentes,
o cabisbaixo olhar no chão fincado
e a angústia amarga que estás vendo
não se traduzem por amor rompido
carência, solidão, saudade, olvido,
é que exagerei no vinho e visto
a dor de ter me excedido, amigo.
perdoa se faltei ao compromisso:
amanhã darei vida ao corpo antigo!

4 comentários:

poetas_lusófonos disse...

Fenomenal estupendo, parabéns Maurício - Osvaldo

poetas_lusófonos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

vou explicar o poema... ontem, tinha um compromisso com um amigo (de quem muito gosto, aliás, só convivo com quem gosto!) e chegando ao local do trabalho, vejo o coitado numa tremenda ressaca, com vergonha de não conseguir realizar as tarefas no campo (era um trabalho experimental) assim, escrevi o poema que dedico a esse amigo (sem identificá-lo, claro). Ele visita regularmente o blog e saberá que é para ele.
um abraço a todos.
mauricio

SÁTIRA disse...

gostei muito de ler o que vc escreve,creio eu que seria uma pessoa legal pra avaliar as poucas linhas que eu escrevo queria muito que vc visse algumas das minhas postagens e me comentasse por favor se isso não for te atrapalhar em nada, é que comecei a escrever a pouco tempo e tenho receio da aceitação...

grato desde já...

precipiciodecontos.blogspot.com