terça-feira, 1 de julho de 2008

simetria
© mauricio rosa 2008

de pardos saberes enche o ser a vida
amontoa planos sobre a terra fria
e quando soçobra descobre que ávida
foi a esperança descartada ainda
sob a opacidade dos primeiros dias...
de angústia se molha porque poderia
conhecer-se mais, à luz dar guarida,
aplainar rancores, confessar pesares,
peneirar os prantos ou curar feridas
mas tornou-se presa de suas medidas!
do homem é o tempo e suas mazelas
seus feitos e ditos, sofreres, bonança
e do Caos Eterno a foice que espanta
do sábio que vela ao servo que planta.

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