quarta-feira, 13 de agosto de 2008

silêncio


poucas luzes pequenas

palavras sons quase

inaudíveis


uma chuva fina na janela


pernas trespassadas por

pernas o ardido do vinho bocas

desgovernadas


vertigens de prazer descerradas dos olhos


corpo dentro de corpo línguas

avermelhadas soltas

pela casa


as paredes desfazendo se nas mãos



noite vagarosa cobrindo a janela


pequenas luzes poucas

palavras




Adair Carvalhais Júnior

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