quarta-feira, 17 de setembro de 2008

bordas



o poema que

procurava escreveu

se inteiro nas suas

costas na


agonia da sua

boca


nos largos ombros da

noite no cheiro dos seus

atormentados

vãos enquanto


sussurava em seus

olhos abria suas

pernas


desenhou se na

lua abandonada entre

as estrelas perdidas no


silêncio miúdo do seu

choro


e descobriu

horizontes onde antes

precipícios





Adair Carvalhais Júnior

(poema e foto)

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente, amigo, muito bom, parabéns. Osvaldo.

Anônimo disse...

meu amigo e grande poeta Adair, cada vez melhor, mais profundo, mais sutil.
obrigado por dar-me a ler a bela página.

mauricio