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“A faixa amarela é a sua segurança, só a ultrapasse quando o trem abrir as portas, evite arriscar a vida” – berra o alto falante da estação do metrô.
Viver a vida sem arriscá-la é melhor não vivê-la. Se eu não me arriscar à vida será pura monotonia, será uma chatice sem graça nenhuma. É claro que não vou me arriscar a ponto de perdê-la fisicamente. Vou é viver apaixonadamente no limite do perigo, ou melhor, viver no perigo do limite, entre o real e o irreal, entre isto ou aquilo, aliás, prefiro viver mais aquilo do que isto, pois isto já conheço e aquilo ainda não conheço e o não conhecer é mais fascinante do que o conhecido, o não conhecer me faz viver, me faz mudar constante meu passo um após o outro seguindo as trilhas insondáveis, os caminhos inesgotáveis que poderão me proporcionar o alimento a minha sede de prazer. Apesar de bela a vida em si é insípida monotonia onde os heróis “morreram de overdose”. Hoje em dia não há mais heróis, tiraram seu espaço para a genialidade, nem no cinema, nem na música. O pai deixou de ser o herói dos seus filhos achatados pelo consumismo desenfreados morrendo podres e esquecidos numa vala qualquer de um cemitério qualquer.
pastorelli
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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