quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

UMA TARDE

ela faz questão de me levar pro chuveiro

depois de me esgotar na cama e entre as suas pernas,

e eu reluto por que ela gosta da água fria,

não nasci na Suíça,

mas ela insiste, eu desisto, seu rosto é belo e moreno

como eu gosto,

seu corpo é café com leite, mais leite,

como eu gosto

e debaixo da água fria ela se deleita com meu pinto encolhido,

e eu com seus mamilos tamanho família,

o sabão escorre e corre safado das suas costas

e caminha pela sua bunda e eu com o dedo nela me afundo,

ela ri, eu rio,

a espuma se espalha pelas suas pernas abertas,

tento acender um fogo na Patagonia,

começo pelo beijo, encontro neve fria,

ela ri, eu xingo, ela ri de novo,

outro beijo, ela sai, se enrola na toalha

e canta enquanto eu ligo a água quente e resolvo meu problema,

e abençôo o prazer do sexo,

saio do chuveiro,

a tarde é quieta, silenciosa e enquanto nos vestimos

falamos sobre o nosso futuro,

concluímos que estar juntos resolve tudo

mesmo que mulher pense diferente do homem,

e pra mim é a gloria saborear esse instante de harmonia,

deixar pra trás as dores e derrotas e dissabores,

e quando se tentar se livra delas aconselho,

faça – o com calma e leveza,

faça – o parecer como se a morte te surpreendeu

dormindo e relaxado na cama

em vez de te pegar desprevenido,acordado e amando,

e eu a olho, bela e morena,

como eu gosto

IOSIF YEHUDA ben ELIN

Um comentário:

Anônimo disse...

Shalom, Iosif e seu amor natural.
beijos
Frô