sábado, 16 de fevereiro de 2008
poema - carnes
carnes
o desejo cru
entre
o espeto e a brasa
a carne mal passada
sangra
coágulo
toda essa bagunça
no chão do peito
passa do ponto
a carne torrada
ardência
toda essa fumaça
nos olhos do teto
perdi o caderno de receitas
da carne ao ponto
numa manhã tranqüila
dia de céu de churrasqueiro
no bar da esquina
servem bife à cavalo
o óleo ruim
utilizado muitas vezes
repete outras histórias
de carnes interrompidas
o sal que salga
conserva
as memórias
de carnes inacabadas
ainda por cima
em excesso
um coração
estrelado
AL-Chaer
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2 comentários:
Que coisa boa ler você novamente!
Beijossaudosos,
asta
lindo, Al, lindo...
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