sábado, 31 de maio de 2008

20 – A Dama do Metrô

Malu apenas agia conforme a ocasião propiciasse. Portanto não pensava muito no destino. Sendo assim, ao sair de casa todos os dias, se entregava sem medo das conseqüências. Se elas surgissem, o que sempre era provável, conseguia uma maneira de se safar delas. Havia nisso dois lados: o positivo e o negativo. No final pesava os dois lados e tirava o resultado que, quase sempre, era positivo. E naquele dia não foi diferente.

Otimista, sairá confiante recebendo o sol com alegria. A manhã estava clara e bonita.
Por coincidência, que só acontecem no cinema e nos livros ultra-românticos, e, também, sem que ela estivesse pensando, ao descer as escadas rolantes, cruzou com o loiro que subia.

- Nossa! De novo esse loiro, qual o nome dele mesmo?

Não lembrava.

- Esse loiro está infernizando meu desejo sexual. Da próxima vez vou segui-lo e, quem sabe, acontece alguma coisa interessante.

Fazer como no filme “Estação doçura”, com aquela atriz do filme “Bagda Café”, onde a personagem principal, se apaixona pela voz do operador do metrô. Primeiramente ela passa a pegar o metrô todos os dias no mesmo horário, depois, descobre os horários de entrada e saída, e, por fim, se envolve com o cara e acaba tendo uma aventura meio amarga. Um bom filme.
Porém Malu não tem os artifícios cinematográficos para fazer o mesmo. A única possibilidade seria, de um dia, seguir o loiro e, quem sabe, saber onde mora ou, onde trabalha. Aí sim, criar um esquema para envolvê-lo na sua trama sexual, é quem sabe...

01/11/06
pastorelli

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