mas, jamais me perguntei
porque tenho apascentado esta manada
cujos olhos perfuram meus silêncios
gostava que não me apertassem o pescoço
nem que me exigissem manter limpos
os meus sapatos de mármore
mas nunca, jamais, nenhum pio
caminho ereto e sorridente como um asno
cuja felicidade é a ausência da cangalha
contudo, tenho intimamente gritado
que todos os meus sonhos se diluem
como a neblina após a alvorada
mas não
estão todos surdos
nunca serei ouvido
exceto na opacidade dos meus olhos
cobertos de musgos
Fred Matos
segunda-feira, 26 de maio de 2008
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2 comentários:
clap... clap... clap...
meu querido amigo, fred, sem palavras quedo-me... ouço o retumbar da tua grande poesia!
abração
mauricio
A "grande poesia" fica por conta da simpatia, Mauricio.
Obrigado.
Abração
Fred.
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