falávamos das montanhas
da profundidade dos vales
da densidade dos metais
falávamos das diferenças
dos mares que nos separam
de barcos chegando ao cais
falávamos dos hiatos
das hipóteses plausíveis
das órbitas siderais
falávamos com tom grave
das nossas responsabilidades
plantadas em outros quintais
falávamos de um sítio
na praia ou na montanha
no sul no norte nas gerais
falávamos de um encontro
e das atitudes práticas
na construção de catedrais
falávamos as bobagens
que os amantes se dizem
desde dias ancestrais
falávamos de outonos
quando as folhas se suicidam
nos seus amarelos finais
falávamos até o instante
que o ocaso se interpôs
entre os meus e os teus ais
nos falaremos depois
acerca dos que falávamos
e dos apenas sinais
quando fizermos silêncio
será tua a decisão
do sim do mas do jamais.
Fred Matos.
terça-feira, 20 de maio de 2008
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3 comentários:
Caramba! vai escrever bonito assim... vão escrever bonito assim para o encanto nosso. Parabéns, Fred. Osvaldo
Obrigado, Osvaldo. Fiquei contente porque você gostou.
Abração.
Fred.
"fal�vamos at� o instante
que o ocaso se interp�s
entre os meus e os teus ais"
calemo-nos e ou�amos o poeta, ent�o.
um abra�o, Fred
mauricio
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