a saudade
inscrita no musgo da pedra marinha
onde um dia deixei meus olhos
vem em sonhos
e me desperta no meio da noite
insistindo por uma lágrima
nego-a
como de resto tenho negado
qualquer sinal de emoção
qualquer ato que possa me comover
além do suportável limite da razão
bebo água
fumo um cigarro
torno à cama.
Fred Matos
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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3 comentários:
nega l� meu amigo o que quiseres mas, pelo amor de deus, permita-nos l�-lo sempre.
belo, suave e profundo... canoro, diria.
mauricio
Os poemas da mágoa pacificada, do quotidiano, da saudade - da vida, enfim, em sua variedade. As palavras de todos os dias, limpas e re-significando. E o seu subtil sentido da melodia. Ler a sua poesia, para mim, continua a ser como voltar a casa, Fred.
Beijo, nesta 2ª feira de sol e nuvens
Sol
Obrigado, Mauricio
Abraço-o
Obrigado, Sol.
Beijo-a
Fred
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