terça-feira, 13 de maio de 2008
poema - conc reto
conc reto
SIF ode
re in ventar
a roda
toda pá
lavra pode
beaucoup Mallarmé
merci
mereci
meu lance de qua
drados
me ver
de que te quiero
verte
é preciso ficar Lorco
Ezra preciso Pound erar
me permita ter Pessoa
fingir é preciso
viver não é preciso
mergulhei de cabeça
nos muros de João Cabral
ao traumatismo craniano
insisto sobreviver
injetei Leminski
de uma vez
um coágulo
meu peito tá condenado
então
deixa eu dar Bandeira
com a minha lira
dos meus poucos anos
e me perdoe
também vou te comparar
a um dia de verão
mais brado do que Bardo
não sei cantar
mas vou ter que ficar
uns tempos fora
com o Poema Sujo
mudarei meu nome para Raimundo
ser poeta clandestino
por ora é a solução
quanto aos poemas de Neruda
que me releio
e me raleio
no teu corpo
é meu limite
te amar
essa vanguarda antiga
roda roda
roda e avisa
um minuto de comercial
traga me
dois dedos de ar
caubói
e uma folha de papel
em branco
em branco
em branco
AL-Chaer
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5 comentários:
Excelente poeta, tem o dominio da palavra na palma das mãos, tanto a escrita como a visual. Abraços. Osvaldo.
vALeu, QueridOsvALdo !!!
Sobre os poemas visuais, saiba que uma das minhas motivações para experimentar esta forma de expressão foram seus desenhos feitos com caneta Bic...a série "letras do alfabeto".
Grande AL-Braço
AL-Chaer
Fico contente em saber disso, aliás preciso continuar com eles, que a inspiração nunca te deixe, amigo. Al-braço. Osvaldo.
TURMA QUERIDA, MAURÍCIO ROSA FOI ACHADO E NOS ACHOU!!!!!!!
não adiantou os senhores se esconderem de mim, procurei aviadamente por longos oito anos e localizei a alcova.
um grande abraço a todos e, citando o velho Lobo: "vocês vão ter que me aturar!"
o ego me traiu e postei um poema. desculpem-me pela ousadia, foi a forma que encontrei para demonstrar minha alegria... não cometia um ato destes há algum tempo.
mauricio rosa
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