sexta-feira, 26 de setembro de 2008
© mauricio rosa
se fiz do meu sofrer versos azuis
e dos olhos lavei dores senis,
refiz versos de tempos desbotados,
calei, falei, ouvi, senti, me fiz...
não foi porque à noite o medo argüiu
minhas entranhas cheias de viés
foi para proteger-me do que quis
quando a ilusão guiava meus pés...
hoje que dou aos passos direção
e sei moldar o sim forjar o não
não sou refém da cruz nem de ninguém
nem caibo nas desilusões que vi
acato o que o tempo obtempera
o que não me interessa deixo ir.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
JABUTI 2008
SELECIONE A FASE
1ª FASE - FINALISTAS
2ª FASE - VENCEDORES
1 -
O ALIENISTA (GRAPHIC NOVEL)FÁBIO MOON E GABRIEL BÁAGIR EDITORA LTDA
2 -
COLEÇÃO HISTÓRIA EM PROJETOS - 4 VOLUMES CONCEIÇÃO OLIVEIRA E CARLA MIUCCI EDITORA ATICA
3 -
SÉRIE (EN)CANTOS DO BRASIL (CAMINHO DAS PEDRAS; NO CORAÇÃO DA AMAZÔNIA; FACES DO SERTÃO)SHIRLEY SOUZA, MANUEL FILHO, LUÍS FERNANDO PEREIRASHIRLEY SOUZA
É Hoje...
PRÊMIO JABUTI ANUNCIA HOJE VENCEDORES
Os ganhadores do Prêmio Jabuti serão divulgados hoje, a partir das 14h, na sede da Câmara Brasileira do Livro (r. Cristiano Viana, 91, Pinheiros). São 20 categorias e R$ 120 mil em prêmios. Os melhores livros do ano de ficção e não-ficção serão conhecidos apenas na cerimônia de entrega das estatuetas, em 31/10, na Sala São Paulo. Mais informações no site www.cbl.org.br
(Folha de S.Paulo, Ilustrada ,23/09/08)
domingo, 21 de setembro de 2008
35 – A Dama do Metrô
Apagou o cigarro no cinzeiro em cima do criado mudo inundado de copos, maço de cigarros, isqueiro, garrafas de uísque, e se virou para o lado do companheiro.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
© mauricio rosa
não sou mercenário desse ofício antigo
de talhar nas dores a amplidão do ser,
faço-o porque ao gosto do poema deixo
caminhar meu vício de ardil trovador...
saibas, pois, não minto se, às vezes, digo:
no apalpar da angústia posso antever
o fulgor da noite, da existência o eixo,
o carma que o homem carreia, essa dor
de ver nas entranhas as nobres querências
sendo penetradas pelo algoz sem ter
como protegê-las da prenhes sem rosto
nem como privá-las de viver sem cor!
escrevo, confesso, porque nas demências
que, a sós, rumino eu me vejo exposto!
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
bordas
o poema que
procurava escreveu
se inteiro nas suas
costas na
agonia da sua
boca
nos largos ombros da
noite no cheiro dos seus
atormentados
vãos enquanto
sussurava em seus
olhos abria suas
pernas
desenhou se na
lua abandonada entre
as estrelas perdidas no
silêncio miúdo do seu
choro
e descobriu
horizontes onde antes
precipícios
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
I BIP - Brasília
Escrevo este "post" para compartilhar com vocês da satisfação que tive, na semana passada, ao participar da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília.
Um evento muito grande (nos dois sentidos, quantidade e qualidade).
Para vocês terem uma idéia do que ocorreu por lá, o link é:
http://www.bienaldepoesia.unb.br/
(na programação, tem-se uma noção do tamanho do evento, a poesia em todas as formas de expressão, na escrita, na fala, na forma visual, no teatro, no cinema, no objeto, nas diversas mídias...oficinas, palestras magnas, Simpósio de Crítica de Poesia na UnB, Feira do Livro...)
Estive presente em vários momentos:
1. Lançamento Coletivo de Livros, no saguão da Biblioteca Nacional. Levei o meu "partitura".
2. Fiz uma leitura de poemas de "partitura" lá na UnB, no Simpósio de Crítica de Poesia. A receptividade dos acadêmicos foi surpreendente.
3. Apresentei alguns poemas nos eventos chamados POEMAÇÃO, à noite, atividade que era realizada em bares.
4. Sobre meus poemas visuais, fui selecionado para a MOSTRA DE POESIA VISUAL, denominada OBRANOME II, com a minha série sobre FUTEBOL. A mostra está em exibição desde 4 de setembro, indo até o dia 28, lá no belíssimo Museu Nacional da República (obra do Arquiteto Oscar Niemeyer). Sobre esta mostra, eu dedicarei um "post" especial.
5. Participei da Mesa Redonda com outros "artistas" (é isto mesmo, AL-Chaer ALgora também é ALrtista...he he he), o que foi uma discussão muito enriquecedora, para a minha trajetória no Movimento da Poesia Visual.
Tinha gente de tudo quanto é canto. Do Brasil e do Exterior. Para vocês terem uma idéia, o catálogo da Mostra de Poesia Visual foi editado em edição trilíngüe (eu AINDA USO O TREMA!!!), Português, Espanhol e Inglês.
E, para a felicidade ser maior, reencontrei a nossa querida Nálu Nogueira, que foi prestigiar o ALmigo, o que foi uma honra para mim.
Então, taí o recado.
AL-Braços
AL-Chaer