segunda-feira, 13 de outubro de 2008

37 – A Dama do Metrô.


O quarto na meia luz não se conseguia ver os detalhes. O que Malu viu foi três pessoas num furor sacudindo a cama que rangia a música de corpos em prazeres nunca imaginados. Não sabia se entrava ou se voltava. Por segundos ficou com os olhos presos naquela massa escura que gemia embolada pela penumbra do quarto.
- Não quer participar? – ouviu alguém dizer a suas costas.
Era Luciano. Pega de surpresa, se assustou, pois ele estava nu, e trazia uma garrafa de uísque e quatro copos.
- Eu... Não sei... – gaguejou
- Ora vamos, você está aqui para isso, não é?
- Bem... Na verdade é que...
- Então, entre.
E com o corpo foi empurrando Malu para dentro do quarto. Não teve tempo de esboçar nenhum gesto de recusa. Deixou-se levar. Foi se afastando até que suas pernas encostaram-se à borda da cama. Sem pressa, Luciano depositou os copos no chão, abriu a garrafa de uísque e encheu dois copos, ofereceu um a ela. Com a respiração ofegante, Malu sentou na cama e aceitou o uísque. Luciano sentou ao seu lado.
- Beba devagar, não precisa de pressa, temos a noite toda.
Malu olhou para os três atrás deles, como se dissesse:
- E eles?
- Não liga, não ligam para nós.
- Mas você estava com eles?
- Usou a expressão certa: estava, agora não estou mais. São meus amigos.
- Os três homens?
- Não, dois homens e uma mulher.
- Ah! Sei...
Luciano se achegou mais para perto dela. Malu tremia, queria e evitava em tocá-lo. Talvez por sua nudez assim de repente, tenha a constrangido. Tomou mais uma boa dose de uísque. A bebida desceu esquentando-a. Sentiu a tensão se relaxar. Envolveu-se numa ternura sem explicação quando os lábios vermelhos de Luciano tocaram os seus. Os seios queriam furar a blusa espetando o peito nu de Luciano. As mãos deles subiram por suas coxas, encontraram resistência que logo caíram em seus dedos conhecedores de grutas e cavernas.
Seus corpos se estiraram ao lado dos outros. Com a paciência que lhe cabia, Luciano foi tirando peça por peça e beijando seu corpo a cada peça que era jogada longe. Sentado em cima dela, apreciava a pela amorenada num arfar tépido de satisfação. Segurou o prazer para não molhar, ainda, a macieza da pele que tanto desejara. Malu saboreava a visão fálica apontada para seu rosto, fez menção de se mexer, porém, resolveu ficar imóvel e ver até onde Luciano ousaria.
21.12.06
pastorelli

Nenhum comentário: