sexta-feira, 10 de outubro de 2008

poema - preferencial ao portador

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preferencial ao portador


o amor é cego
e pede sangue

oh positivo
oh negativo

nesta biometria
incalculável

à vista
a prazo

fujo do sinal de igual
não dou conta
ou se me dou conta
não somo
ou sumo

vale a gastrite
apostar a paixão
no seu mercado futuro

o amor não é cego
é a escuridão
que toma conta

tomo um pouco de ar
tomo um pouco de espaço

pra quê eletrocardiograma
a tira de papel é muito estreita
para esses altos e baixos

minha vista está turva
o amor é embaçado

não me venham com colírios
eu só preciso de uma bolsa
de sangue

tipo dela

e um anti-ácido


AL-Chaer

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