segunda-feira, 10 de novembro de 2008

ao meu filho
mauricio rosa

aqui
onde o silencio se encontra
com a vontade do ser
planto a semente que ontem
furtei de um grande querer...
assim,
quando na distância
o calor se avolumar,
a lágrima regar a dúvida
e o corpo se arrefecer
do cio da juventude,
virei te encontrar aqui
com o gasto feixe de planos
que carreei pela vida!
não mais desejo serás,
um varal de cromossomos,
meu primogênito, meu sonho,
mas outro monte de espantos
como fui, sou e serei
pelo vácuo da existência.
é nessa hora, meu filho,
que preciso que entendas
e de coragem te enchas
para desatar meus nós
que nada digas e fales
através do teu silencio
que um dia plantei
aqui

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente, Mestre Maurício, parabéns. Osvaldo.