terça-feira, 17 de março de 2009

52 – A Dama do Metrô.


Faltava um encontro e, este surgiu numa casualidade entre um assunto e outro, quando se revelou entre eles, a possibilidade de realizarem o que muito vinham desejando. Apesar de Malu morar numa região distante, quase que praticamente do outro lado da cidade, foi com vergonhosa ansiedade, marcaram o dia e hora. Logicamente Malu nunca prevenira o que poderia acontecer, se fosse prevenida ou, se fosse possível prever o acontecido antes dele acontecer, claro que ela teria recusado, mas, enfim, como dizia sua mãe: saiu na chuva tem que se molhar. E ela saia para se molhar, não tinha medo.
O encontro estava marcado para ser numas das estações do metrô, tanto ela como ele, combinaram ir de azul. Malu de saia, blusa e até bolsa e sapato azul, ele de camisa esporte e calça jeans, não tinham como errar. Porém por uma fração do tempo ingrato, Malu ficou plantada na estação por quase meia hora, e o mais engraçado, o que na hora nem prestou atenção, todos que passaram por ela estavam de azul, tanto homem como mulher. Será que combinaram, será que é algum protesto e não estou sabendo? – perguntou intrigada com a coincidência. Não tinham o que errar, disse para si mesma, além do azul que vestimos, ele é desproporcionalmente alto. Perto dele Malu era a formiguinha enquanto ele era o Jotalhão. Porém, mesmo com essa diferença física, bateu entre eles uma química irresistível.
22.01.07
pastorelli

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