Hoje, resoluta, sentei no meio do quarto
abri minhas gavetas e tirei nossos retratos,
fui picando em pedaços, depois de tirar os laços
de todas as suas cartas e também dos recados.
Um a um os fragmentos fui jogando
na pequena fogueira que fiz.
Joguei os beijos e os abraços
joguei até um par de sapatos
joguei os lenços
(alguns de lágrimas encharcados)
E por um triz, quase que jogo a mim.
Então estinguiu-se a chama
sem que eu pudesse prever.
É que choveu dos meus olhos a saudade,
quando eu quis queimar você.
Asta Vonzodas
abri minhas gavetas e tirei nossos retratos,
fui picando em pedaços, depois de tirar os laços
de todas as suas cartas e também dos recados.
Um a um os fragmentos fui jogando
na pequena fogueira que fiz.
Joguei os beijos e os abraços
joguei até um par de sapatos
joguei os lenços
(alguns de lágrimas encharcados)
E por um triz, quase que jogo a mim.
Então estinguiu-se a chama
sem que eu pudesse prever.
É que choveu dos meus olhos a saudade,
quando eu quis queimar você.
Asta Vonzodas
7 comentários:
"quando eu quis queimar você"
ardo literalmente!
bom ler-te novamente, Asta.
um beijo
mauricio
Asta, que prazer vê-la aqui, tudo bem? um beijão, Mestra amiga. Osvaldo
Asta, belíssimo como o 'ovo' de costura' que parece perdemos para sempre, mas ainda faz parte de nossas memórias.
beijos
Frô
Pois é... o ovo!
Sumiu, escafedeu-se. Como diz a minha neta: fugiu! E fugiram da mente as palavras que o compunham... Isso é triste.
Não conhecia o site.
Voltarei.
Um abraço
Caro Vieira, seja bem-vindo, esta é uma casa coletiva cuja regra fundamental é a paixão pela literatura de lingua portuguesa
abraços
Frô
ASTA
Toda vez que falo em literatura, cito minha mestra.
Este é mais um para citar...
guadarei
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